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Maracanã pode ser leiloado para ajudar Estado do Rio a quitar dívida com a União


Estádio e áreas do entorno podem entrar em lista de bens a serem vendidos; proposta ainda será votada na Alerj.

O Complexo do Maracanã, um dos maiores símbolos esportivos do Brasil, poderá ser incluído na lista de bens do Estado do Rio de Janeiro que poderão ir a leilão para ajudar no pagamento da dívida com a União.

A medida foi discutida e confirmada nesta quarta-feira (22) durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O presidente da comissão, deputado Rodrigo Amorim (União), confirmou que o projeto prevê a inclusão do estádio e das áreas adjacentes entre os imóveis passíveis de alienação.

Segundo Amorim, o objetivo é reduzir os custos de manutenção do complexo e buscar um modelo de gestão mais eficiente, possivelmente por meio de uma concessão de longo prazo à iniciativa privada.

“Não é razoável que o Estado continue arcando com despesas tão elevadas para manter o Maracanã sem uma solução que garanta sustentabilidade financeira e melhor aproveitamento do espaço”, afirmou o parlamentar.

De acordo com ele, cada partida disputada no estádio representa um gasto médio de R$ 1 milhão, o que reforça a necessidade de rever o modelo atual.

A proposta abrange todo o Complexo do Maracanã, incluindo o Ginásio do Maracanãzinho, o antigo Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare. Todos esses espaços pertencem ao governo estadual e demandam manutenção constante, gerando altos custos aos cofres públicos.

O projeto de lei, que agora reúne 62 imóveis passíveis de venda, ainda será submetido à votação no plenário da Alerj. Deputados poderão apresentar emendas antes da deliberação final. Caso seja aprovado, o governo estadual poderá usar o dinheiro arrecadado nos leilões para abater parte da dívida com o governo federal.

A possibilidade de leilão reacende o debate sobre o futuro do Maracanã, palco de grandes eventos esportivos e culturais. A discussão envolve o desafio de preservar um patrimônio histórico ao mesmo tempo em que o Estado busca equilibrar as contas públicas.

Atualmente, a gestão do estádio é compartilhada por Flamengo e Fluminense, que ainda não se pronunciaram sobre o anúncio feito pela CCJ.


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