A capital da Ucrânia foi alvo, na madrugada deste domingo (7), de um ataque em larga escala conduzido pela Rússia, considerado o mais intenso desde o início da invasão em fevereiro de 2022. De acordo com informações oficiais, mais de 800 drones e mísseis foram lançados contra Kiev, resultando em ao menos três mortos e 18 feridos.
Entre as vítimas fatais estão uma mulher e seu filho de apenas três meses, encontrados sem vida sob os escombros por equipes de resgate, informou Tymur Tkachenko, chefe da administração municipal da cidade.
Edifícios governamentais e residenciais atingidos
Parte dos projéteis conseguiu ultrapassar as defesas aéreas ucranianas, provocando incêndios e danos significativos. No distrito de Pechersk, onde estão localizados gabinetes de ministros, o último andar de um prédio administrativo foi atingido. A primeira-ministra Yulia Svyrydenko confirmou que o edifício governamental foi danificado pela primeira vez desde o início da guerra.
— O prédio será restaurado, mas as vidas perdidas não podem ser recuperadas — declarou.
Além disso, fragmentos de drones caíram sobre prédios residenciais de quatro andares nos distritos de Sviatoshynskyi e Darnytskyi, de acordo com o prefeito Vitaly Klitschko.
Defesa aérea em ação
Segundo a Força Aérea ucraniana, 747 drones e quatro mísseis foram abatidos. Apesar disso, nove mísseis atingiram alvos estratégicos e 56 ataques foram confirmados em 37 localidades do país. O porta-voz Yuriy Ihnat classificou o episódio como “o maior ataque russo com drones desde o início da invasão”.
Contexto político
O ataque ocorreu em meio a novas movimentações diplomáticas. Na semana passada, líderes europeus reforçaram a pressão sobre Moscou para iniciar negociações de paz. Vinte e seis países aliados da Ucrânia anunciaram a disposição de enviar forças de segurança para o território ucraniano quando os combates cessarem.
No sábado (6), o presidente Volodymyr Zelensky rejeitou a proposta do Kremlin para um encontro presencial em Moscou. Em resposta, afirmou que o presidente Vladimir Putin “pode vir a Kiev” caso esteja realmente interessado em discutir o fim da guerra.
fontes: Divulgação / Serviço de Emergência da Ucrânia / AFP

