O Afeganistão enfrenta uma de suas piores tragédias naturais em décadas após um terremoto de magnitude 6,0 atingir regiões montanhosas no leste do país, elevando o número de mortos para 1.411, segundo informações atualizadas nesta terça-feira (2).
O abalo sísmico, que ocorreu na madrugada de domingo, afetou gravemente províncias fronteiriças com o Paquistão — especialmente Kunar, Nangarhar e Laghman. A maior parte das mortes foi registrada em Kunar, onde as autoridades confirmaram também mais de 3 mil feridos.
Zabihullah Mujahid, porta-voz oficial do governo talibã, afirmou que equipes de resgate seguem em atuação contínua, buscando sobreviventes sob os escombros de milhares de casas destruídas. Em Nangarhar, pelo menos dez pessoas morreram, enquanto centenas sofreram ferimentos.
Mais de 5.000 residências desabaram com o impacto do tremor, tornando ainda mais difícil o acesso às vítimas nas áreas remotas e de difícil circulação. Ehsanullah Ehsan, chefe da gestão de desastres em Kunar, declarou à agência AFP que as operações de emergência seguiram ininterruptas durante a noite, com socorristas enfrentando condições adversas para tentar salvar vidas.
A tragédia reacende o alerta sobre a vulnerabilidade da infraestrutura afegã diante de eventos naturais extremos, especialmente em regiões isoladas, onde o apoio humanitário e os recursos de resposta são escassos.


