A recente aproximação do cometa interestelar 3I/ATLAS tem despertado atenção em todo o mundo e mobilizado cientistas da NASA e de outras agências espaciais. Apesar das especulações sobre um suposto “protocolo de defesa planetária” ter sido acionado, especialistas garantem que o objeto não representa ameaça à Terra.
Objeto interestelar raro
O 3I/ATLAS foi identificado em meados de 2025 por astrônomos da rede ATLAS, responsável por rastrear corpos celestes próximos ao Sistema Solar. Trata-se de um cometa interestelar — ou seja, originário de fora do Sistema Solar —, o que o torna um dos raros visitantes desse tipo já observados, junto com os famosos 1I/ʻOumuamua (2017) e 2I/Borisov (2019).
Segundo a NASA, o corpo celeste apresenta características típicas de um cometa comum: núcleo gelado, cauda de poeira e gás, e comportamento previsível durante a aproximação ao Sol. “Ele faz coisas que cometas fazem. Até agora, tudo indica que é um corpo natural”, afirmou o Planetary Defense Coordination Office (PDCO), setor da agência responsável pelo monitoramento de ameaças espaciais.
Monitoramento intensivo, não alerta de ameaça
Embora a NASA tenha intensificado a observação do 3I/ATLAS, o procedimento é considerado padrão para objetos com origem interestelar. A iniciativa envolve telescópios de vários países e observatórios parceiros, que acompanham a trajetória e a composição química do cometa.
Especialistas reforçam que o aumento na coleta de dados não significa que o cometa esteja em rota de colisão. “Não há qualquer cálculo que indique risco para o planeta”, informaram astrônomos ligados ao Instituto de Ciências Espaciais da ESA (Agência Espacial Europeia).
O papel da defesa planetária
O protocolo de defesa planetária da NASA — formalmente conhecido como Planetary Defense Coordination Office — existe desde 2016 e tem como função monitorar e catalogar objetos próximos à Terra. Em situações raras, o escritório pode recomendar medidas de mitigação caso um corpo apresente risco real de impacto.
No entanto, esse tipo de ação não foi adotado em relação ao 3I/ATLAS. Até o momento, o cometa segue uma órbita segura e deve apenas cruzar a vizinhança solar antes de voltar ao espaço interestelar nos próximos meses.
Curiosidade e estudo científico
A passagem do 3I/ATLAS oferece uma oportunidade única para a comunidade científica. Pesquisadores esperam analisar sua composição e trajetória para compreender melhor a formação de sistemas planetários fora da Via Láctea.
Apesar dos rumores nas redes sociais, a NASA reforça que não há motivo para preocupação. O cometa continua sendo observado apenas por seu valor científico — e não por qualquer risco de impacto.

