O Ministério Público de Goiás (MPGO) apresentou nesta segunda-feira (1º) duas denúncias criminais contra investigados na Operação Regra Três, deflagrada em 21 de agosto. As investigações revelam a atuação de uma rede organizada que teria utilizado cargos estratégicos no poder público para desviar verbas e garantir impunidade.
Segundo o Gaeco Sul, núcleo do MPGO responsável pelo caso, o grupo usava empresas de fachada, contratos simulados e lavagem de dinheiro para movimentar valores ilícitos. As fraudes também envolviam programas e serviços ligados à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), como o Programa Reformar e a produção de materiais pedagógicos do Revisa Goiás.
Denúncias divididas em dois blocos
Devido à complexidade do caso, o MPGO optou por separar as acusações:
- Primeira denúncia: alcança os supostos líderes da organização, entre eles um delegado da Polícia Civil de Rio Verde — preso preventivamente — e sua esposa, ex-coordenadora regional de Educação (2019 a 2024). Outros investigados ligados às fraudes também foram incluídos. Os crimes imputados incluem organização criminosa, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional, ameaça e prevaricação.
- Segunda denúncia: concentra as acusações sobre contratações irregulares na Seduc, que teriam envolvido peculato, contratação direta ilegal, falsificação e lavagem de capitais.
Novos desdobramentos
O MPGO ainda destacou que os indícios relacionados à contratação fraudulenta para a realização do concurso da Câmara Municipal de Rio Verde serão analisados em uma ação penal específica, prevista para os próximos dias.
Com o avanço das apurações, o órgão reforça que a Operação Regra Três segue desarticulando esquemas de desvio de recursos públicos que, segundo os promotores, funcionavam de forma sistemática e profissionalizada, com uso da máquina estatal para proteger interesses particulares.
Fonte e imagem: MPGO

