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Bolsonaro não comparece ao STF em julgamento sobre tentativa de golpe de Estado

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira (2) as sessões do julgamento da ação que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil. O ex-presidente Jair Bolsonaro, principal réu do processo, não compareceu por motivos de saúde.

Segundo o advogado Celso Vilardi, Bolsonaro apresentou episódios de vômitos e crises de soluços, provocados por um quadro de esofagite e gastrite, o que o impossibilitou de ir até Brasília. “Ele não está bem”, afirmou Vilardi ao chegar à Corte.

Prisão domiciliar e restrições

Atualmente em prisão domiciliar, Bolsonaro precisaria solicitar autorização ao ministro Alexandre de Moraes para comparecer às sessões. O deslocamento deveria ser feito com acompanhamento policial e monitoramento em tempo integral, além da obrigação de retornar para casa até as 19h.

O julgamento da Primeira Turma do STF terá sessões extraordinárias até o dia 12 de setembro. Bolsonaro ainda pode pedir autorização para participar presencialmente em outras datas.

Réus no processo

Além de Bolsonaro, outros oito nomes ligados ao governo anterior e às Forças Armadas também são réus. Eles são acusados de integrar o chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe.

Entre os envolvidos estão:

Acusações

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os réus respondem por:

Em caso de condenação, as penas podem variar de acordo com a participação de cada acusado, incluindo prisão e perda de direitos políticos.

Estrutura do julgamento

O Supremo preparou um esquema especial de segurança para as sessões. Foram disponibilizados 80 lugares na sala para a imprensa, além de credenciamento aberto ao público interessado em acompanhar o julgamento presencialmente.

As sessões devem contar com a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes, as manifestações do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e as defesas dos réus, que terão espaço para se pronunciar.

O julgamento histórico segue até 12 de setembro e deve definir o futuro político e jurídico dos envolvidos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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