PRF apreende cerca de 1.400 comprimidos de anfetamina em Nerópolis (GO); motorista é detido por tráfico de drogas
Nerópolis (GO) – Cerca de 1.400 comprimidos de anfetamina, popularmente conhecida como “rebite”, foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite da última quinta-feira (12), durante uma fiscalização na BR-153, em Nerópolis, região central de Goiás.
Os agentes retornavam de uma operação em Jaraguá, com destino a Goiânia, quando flagraram um caminhão trafegando em alta velocidade e realizando manobras perigosas de mudança de faixa. Diante da condução arriscada, o veículo foi abordado.
Durante a fiscalização, o motorista, de 53 anos, apresentou nervosismo e sinais visíveis de cansaço extremo. Ao inspecionar o compartimento de carga — que transportava garrafas de vidro de Jaraguá (GO) para São Paulo (SP) — os policiais encontraram duas sacolas escondidas entre os paletes, contendo 90 cartelas de anfetamina, totalizando aproximadamente 1.400 comprimidos.
Apesar do tacógrafo indicar períodos regulares de descanso, o condutor confessou que adquiriu a droga em Jaraguá, alegando que o uso seria para consumo próprio, com o objetivo de manter-se acordado durante a longa viagem.
O motorista foi detido em flagrante e conduzido, juntamente com os comprimidos apreendidos, à Central de Flagrantes de Anápolis.
Crimes cometidos e penas previstas:
Tráfico de drogas (Art. 33 da Lei nº 11.343/2006)
Pena: 5 a 15 anos de reclusão, além de multa.
Mesmo que o motorista alegue consumo próprio, a quantidade, a forma de transporte e o modo de ocultação da substância configuram o crime de tráfico.
Dirigir veículo colocando em risco a segurança viária (Art. 34 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB)
Infração gravíssima. Penalidade: multa e suspensão do direito de dirigir, podendo responder também por crime de trânsito (Art. 308 ou 309 do CTB), com pena de 6 meses a 3 anos de detenção, se caracterizada a direção perigosa.
A Polícia Rodoviária Federal reforça que o uso de “rebite” — substância derivada da anfetamina — por motoristas profissionais é ilegal, perigoso e coloca em risco a segurança nas estradas.
